terça-feira, 27 de novembro de 2012

SUBSIDIOS PARA A HISTÓRIA DA CORPORAÇÃO DE PILOTOS DA BARRA DO DOURO E PORTO ARTIFICIAL DE LEIXÕES – Episódio 256


O IATE-MOTOR “OLHANENSE” QUANDO SE PREPARAVA PARA DEMANDAR A BARRA SOFRE UMA AVARIA NO MOTOR

A 07/05/1946, pelas 14h00, o piloto José Fernandes Amaro Júnior embarcara fora da barra no iate-motor português OLHANENSE, 26m/87tb da praça de Olhão, que desde manhã cedo, ancorado ao largo de Carreiros, aguardava piloto e maré para demandar a barra do Douro.
Aquele navio, que procedia de Setúbal com um carregamento de sal, quando acabara de suspender o ferro e se preparava para se aproximar da barra, avariou-se-lhe o motor ficando impedido de navegar pelos seus próprios meios. Em face da situação, dado que o OLHANENSE não estava equipado com radiotelefone, foi içado num dos seus mastros, o grupo de bandeiras correspondente a “Peço rebocador urgente”. Sinalização essa, que deveria ter sido reconhecida pela estação semafórica do Monte da Luz, todavia não tendo havido o sucesso desejado, foram feitos toques consecutivos da sirene de bordo, também sem sucesso.
O piloto José Fernandes Amaro Júnior, visto a maré estar a aproximar-se, não esperou mais. Foi lançado ao mar um escaler e à força de remos veio varar à praia do Molhe de Carreiros e então aquele piloto telefonou para a estação de pilotos da Cantareira, para tratarem do envio urgente de um rebocador, ficando o seu colega de serviço à estação, muito surpreendido por aquele piloto estar a ligar de terra, quando o fazia estar a bordo. Nem o sinaleiro dos pilotos no castelo da Foz, assim como o telegrafista no Monte da Luz, deram pelo aviso de bandeiras nem pelo toque insistente da sirene de bordo. Chegado o rebocador MERCÚRIO 2º, foi o OLHANENSE rebocado, passando a barra às 17h00, já com água de vazante, indo atracar ao cais do Terreiro, sem mais novidade.
OLHANENSE – Data-base não encontrada.
Fonte: José Fernandes Amaro Júnior

1 comentário:

Anónimo disse...

Caro Amigo Rui Amaro:


Que bom tê-lo de volta, com mais uma das suas magníficas hstórias!
Já faziam falta.
Saúde e Paz


Nuno Matos